Reuniões todas as segundas-feiras, às 17h e 30 min, no Diretório Acadêmico do Curso de História, localizado no Prédio 74 (CCSH) do Campus da UFSM. Participe!

sexta-feira, 30 de maio de 2008

HIPOCRISIA


Por Ciro Oliveira

Hoje, (sexta-feira), o presidente da FUNDAE, Mário Gayer afirmou em reportagem veiculada no Jornal do Almoço (RBS TV) que “o governo para professores e slas de aula, com o dinheiro público, e os estudantes, ao invés de estarem estudando, ficam fazendo bagunça”. Confesso que fiquei perplexo com a ‘preocupação’ do senhor Gayer com o dinheiro público. Se esse moralismo todo existisse na FUNDAE, a fundação não estaria, juntamente com a Fatec, envolvida no escândalo do Detram. Ou o presidente do Detram é esquizofrênico, ou é um demagogo cara-de-pau, para apresentar duas personalidades tão distintas.

Além disso, o que os estudantes estavam fazendo não era bagunça, e sim um protesto contra a corrupção (duas coisas bem diferentes). Se todos os cidadãos fizessem a mesma coisa, com certeza nosso país seria bem melhor. E, com certeza, o protesto estudantil não causou um prejuízo de mais de R$40 milhões.

Quanto à atitude tendenciosa da RBS, uma empresa à serviço do capital, que classificou a ocupação como ‘invasão’ e veiculou as declarações do senhor Mário Gayer, não convém nem
comentar.

ESTUDANTES OCUPAM FUNDAE

Por Ciro Oliveira

O Coletivo ‘Até Quando Esperar?’, em parceria com o DCE da UFRGS e apoio do DAFIL/UFSM, DACS/UFSM, DACEFD/UFSM, DAFE/UFRGS e CECS/UFRGS, ocupou nesta sexta-feira, 30 de maio, a FUNDAE, como forma de protestar contra a corrupção e as fundações privadas ditas de apoio.


A FUNDAE (Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação)está, juntamente com a FATEC (Fundação de Apoio à Tecnologia), sendo acusada de envolvimento no escândalo do DETRAM-RS (Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul), que desviou cerca de R$44 milhões.



A ocupação foi pacífica e não houve qualquer tipo de depredação do patrimônio da Fundação. Mesmo assim, houve um forte aparato policial no local. Os estudantes também foram tratados de modo análogo ao usado contra criminosos, com o corte de água e energia elétrica, práticas comuns na contenção de seqüestros e rebeliões em presídios.



A polícia tinha a intenção de fichar todos os ocupantes, mas, após intervenção da advogada Sandra Feltrin, cinco estudantes, escolhidos entre os líderes do protesto, foram ‘cadastrados’.



Os acadêmicos contaram com forte apoio popular, de outros estudantes e trabalhadores que passavam no local da ocupação e pararam para apoiar a iniciativa.



Por volta das 17 horas e 30 minutos, os estudantes desocuparam a FUNDAE e marcharam pelas ruas Cel Niederauer e Floriano Peixoto, indo até o Calçadão, onde encerraram o protesto.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

SITE DA UFSM DIVULGA RESULTADO DO PLEBISCITO

Por Ciro oliveira

O Site da UFSM (www.ufsm.br) divulgou o resultado do plebiscito sobre o REUNI, realizado pelo Coletivo 'Até Quando Esperar?', em parceria com o DACEFD.
Click na imagem para ampliar.


REUNI É REJEITADO EM PLEBISCITO POR MAIS DE 85% DOS ESTUDANTES DA UFSM

Por Ciro oliveira

O Coletivo ‘Até Quando Esperar?’, com o apoio do DACEFD (Diretório Acadêmico da Educação Física), realizou na segunda (26) e terça-feira (27), uma consulta popular estudantil, com o objetivo de saber a opinião dos acadêmicos da UFSM sobre o REUNI e suas implicações.



Os estudantes responderam a quatro perguntas relacionadas ao plano de reestruturação da universidade pública, ao modo como esse foi aprovado na UFSM, às fundações privadas de apoio as instituições públicas e à venda do Prédio de Apoio da UFSM

Participaram do plebiscito 989 estudantes. Destes, 858 (86,75%) são contra o REUNI, e 914 (92,41%) acreditam que a universidade foi anti-democrática ao não proporcionar à comunidade acadêmica um debate mais amplo sobre o plano de reestruturação.

Indagados sobre o projeto que transfere às fundações de direito privado a função de administrar hospitais e instituições públicas, precarizando o trabalho e reduzindo a democracia interna nas decisões, 898 (90,78%) dos acadêmicos se colocaram contra essa medida.

Apenas 118 (11,9%) concordaram com a venda do Prédio de Apoio Didático-Comunitário da UFSM, onde são oferecidos serviços de atendimento gratuito à comunidade santa-mariense.
Os votos brancos e nulos não alcançaram o percentual de 2% em nenhuma das perguntas do plebiscito.


Um fato interessante observado foi que a grande maioria dos votantes declarou ter pouco ou nenhum conhecimento sobre o REUNI, o que reflete a quase ausência de discussões e a falta de publicidade de informações sobre o tema.

Também se ressalta o elevado grau de rejeição estudantil ao REUNI, às parcerias públicas com instituições privadas de apoio, e à venda do Prédio de Apoio, de modo que o Coletivo ‘Até Quando Esperar?’ ratifica sua posição de repúdio a essas ações, tomadas pelos dirigentes da UFSM.



RESULTADO FINAL DO PLEBISCITO NA UFSM
Click na imagem para ampliar


terça-feira, 27 de maio de 2008

O PLEBISCITO NA MÍDIA

Por Ciro Oliveira

O jornal 'Diário de Santa Maria' publicou reportagem, em suas versões impressa e on-line, abordando o plebiscito sobre o REUNI, promovido pelo Coletivo 'Até Quando Esperar?'. A reportagem pode ser conferida no link:

http://www.clicrbs.com.br/jornais/dsm/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&edition=9949&template=&start=1&section=Geral&source=a1895039.xml&channel=10&id=&titanterior=&content=&menu=&themeid=&sectionid=&suppid=&fromdate=&todate=&modovisual=

O plebiscito já havia sido divulgado em nota do jornal 'A RAZÃO' de ontem (26/05). Confira no link:

http://www.arazao.com.br/PDF/200805261100/5023.pdf


domingo, 25 de maio de 2008

VAMOS NOS MANIFESTAR!!!

REUNI E FUNDAÇÕES DE APOIO (FATEC-FUNDAE) = DESMONTE DA EDUCAÇÃO PÚBLICA!!!

ATÉ QUANDO ESPERAR?!

PARTICIPE DO PLEBISCITO SOBRE O REUNI NOS DIAS 26/05 (CCS/CAL/CCR/CCSH-CAMPUS) E 27/05 (CCSH-CENTRO/CE/CT/PRÉDIO DE APOIO/CCNE/CEFD)!

NA QUARTA-FEIRA, DIA 28/05, VENHA SOMAR-SE À COLUNA “ATÉ QUANDO ESPERAR?!” DA MARCHA DE ABERTURA DO FÓRUM MUNDIAL DA EDUCAÇÃO (CONCENTRAÇÃO: PRAÇA SALDANHA MARINHO A PARTIR DAS 15 HORAS)!

REUNI: O DESMONTE DA EDUCAÇÃO PÚBLICA

PLEBISCITO NACIONAL SOBRE O REUNI
DIA 26 E 27 DE MAIO
PROCURE AS URNAS EM SEU CENTRO

O que é?
Plano de reestruturação das universidades públicas (REUNI), feito via decreto pelo governo Lula.

O que aconteceu?
Em dezembro de 2007, o Conselho Universitário (CONSUN) aprova o REUNI na UFSM, com presença da tropa de choque e via interdito proibitório, o que impediu qualquer manifestação estudantil.

O que pode acontecer?
Autonomia Universitária: A universidade decide, sem pressões governamentais, como deve aplicar a sua verba, buscando atender às suas particularidades.- A universidade ficará presa às metas impostas pelo governo, podendo até perder verbas se as metas não forem cumpridas, ou seja, perderá sua autonomia.
- O governo “economiza” ao trocar um professor com dedicação
exclusiva por três professores aulistas. O grande problema é que
os professores “aulistas” (20h) não podem se envolver com pes-
quisa e projetos de extensão. Universidade vira ESCOLÃO.

Por que ainda lutar contra?
- Por que o projeto do REUNI ainda tem que ser votado no Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CEPE), ou seja, ainda podemos intervir contra.

O que o governo Lula diz sobre a ameaça à pesquisa e extensão?
- A pesquisa deve ser feita via fundações “de apoio” (FATEC/FUNDAE)

Qual o problema das Fundações ditas “de apoio”?
- Elas são instituições privadas nas Universidades Públicas;
- A pesquisa via fundações visa atender somente às necessidades do mercado;
- Estas deveriam ser sem fins lucrativos, porém, segundo acusações do ministério público em 2007, estima-se um desvio de R$ 44 milhões na FATEC.
(não lucrativas né?!).
- Desvios via Fundações não são mérito somente da UFSM, existem denúncias na USP, na UFRGS, na UnB ( lembra da lixeira de mil reais do reitor?) e tantas outras...

Como fica a assistência estudantil com o REUNI?
- Como já sabemos, o REUNI aumentará o número de vagas nas Universidades públicas. No entanto, caso as metas não sejam cumpridas, o MEC poderá cortar as verbas tão prometidas ao REUNI. Também devemos levar em conta a irresponsabilidade dos conselheiros dessa universidade, que deixam a assistência estudantil sempre em último plano.

Todos contra o desmonte da Universidade pública e o REUNI
Pela extinção das fundações ditas “de apoio”!!!
Por uma universidade autônoma, democrática e popular!!!


No plebiscito sobre o REUNI, você responderá as seguintes perguntas:
1. Você concorda com o REUNI, um decreto do Governo Lula que entre outros ataques, acaba com a autonomia das universidades federais e as obriga a dobrar o número de alunos por professor, acabando com o ensino e a pesquisa de qualidade?

2. Você concorda com a estrutura antidemocrática dos órgãos de decisão das universidades e escolas que permite que o REUNI e outros projetos sejam aprovados sem um debate mais amplo na comunidade acadêmica?

3. Você é a favor do projeto de Fundações Estatais de direito privado que transfere para a iniciativa privada a função de administrar hospitais e instituições públicas, precarizando o trabalho, reduzindo a democracia interna nas decisões, abrindo espaço para a cobrança pelo atendimento nessas instituições?

4. O Prédio de Apoio Didático-Comunitário, localizado no Antigo Hospital Universitário, oferece vários serviços de atendimento gratuito à comunidade de Santa Maria. Você concorda com a venda de tal patrimônio público para empresas privadas?



Assinam este documento:
COLETIVO ATÉ QUANDO ESPERAR?!
DACEFD

MANIFESTO n° ZERO

Por Ciro Oliveira
Na década de 60, participar do movimento estudantil era, acima de tudo, correr riscos. Risco de perder a vida, perder a esperança, e, especialmente, perder a liberdade. Em uma época onde jovens morriam lutando por seus ideais, a união de estudantes era o caminho encontrado por muitos para dar força a suas idéias e reivindicar uma sociedade mais justa e igualitária.

Hoje, com as mudanças no cenário político-econômico nacional, muitos dos ideais originais do movimento estudantil se perderam e a maioria dos estudantes parece "aprisionada" dentro de um sistema que não prioriza o coletivo. Porém, jovens considerados por muitos como obstinados e idealistas se sobrepõem às dificuldades e continuam lutando, mostrando que a história do movimento estudantil está ligada, sobretudo, à resistência à criação de uma sociedade individualista.

Muito além do compromisso social que é dever de todos, o movimento estudantil ainda aquece discussões permitindo que o jovem amadureça suas idéias e as compartilhe, o que possibilita o desenvolvimento de uma consciência política muito importante para o país.

É com esses objetivos que surge o Coletivo ‘Até Quando Esperar?’, visando recuperar o vigor que o movimento estudantil apresentou outrora, trazendo à tona discussões e lutas de extrema relevância para a comunidade acadêmica, e que estão sendo negligenciadas por boa parte de nossos representantes.

Coletivo ‘Até Quando Esperar?’ é apartidário, comprometido unicamente com a causa estudantil e está aberto à participação de todos que almejam um ensino de qualidade. Nesse contexto, o blog ‘Até Quando Esperar?’ apresenta-se como uma ferramenta a serviço das discussões a que se propõe o coletivo. Obrigado pela visita e uma ótima leitura!